sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pistoleiros da Savana




sobre dias de sol a pique e vacas no caminho, caminha esta história.
com muitas malas cheias de pó e caneleiras e não só.
era sopa de tomate, pêras e abacate.
eram mergulhos no rio, pássaros kamikaze e desafios sem empate.
muitas estradas percorridas, com partida pela madrugada
sustos à noite e figuras de santos à desgarrada.
caminhos de cabras, serras e água gelada
levaram à aventura, porque sim e porque mais nada!

A indumentária não era de realeza mas uns calçõezinhos e uns chinelos,
um mata-moscas e um martelo, eram sem dúvida, adereços nada singelos.
A máquina fotográfica, dama dos tempos idos, era usada como arma de lembrança
e ainda hoje, cheiinha de pó, revive os tempos em que não havia pança.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Rapazola Pintarola


Eis a história do rapazola janota,
detentor de requintada fatiota,
a qual lhe deve ter, custado uma nota!

Todo ele sr. galã,
digno dos desenhos animados da manhã.
Como ele não há nenhum,
apenas ele e o seu carrinho a pedais da fórmula um.

Era tal o seu charme,
com a sua vestimenta escarlate,
que todas as meninas
queriam vê-lo à entrada do parque.
Ele acenava, ele sorria,
mas dar-lhes boleia
era algo que não acontecia.
Ouviam-se gritos, ouviam-se prantos
viam-se as meninas, a chorar pelos cantos.

Assim, seguia ele,
ao som das acelerações,
lá ia ele, sempre contente,
a quebrar corações.

Ninguém fazia frente,
ao pequeno às do volante
mas o que ressaltava mesmo,
era o seu porte elegante!

Depois do parque,
depois dos quintais,
recolhia a casa
sem pressa demais.

Ora assim era, o nobre galã,
quando a fatiota escolhia
pela manhã.

Não descartem, por isso,
o quanto era importante,
este seu semblante.

O dono da fatiota escarlate
era pois,
um pequeno rapazola

que disparate
gostava de fazer
e aos milhões.




Obrigada à Querida Doce Dioespirro,
por ter facultado tal retrato de família.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Sr Panda apanhou boleia no meu carrinho


Sr Panda, agradar-lhe-ia um passeio no meu carrinho?
Uma boleia, assim de mansinho?

Eu sei que tenho
umas estranhas botas
com atacadores que fazem par com as rodas.
Suponho eu, que queira primeiro testar
saber se eu, realmente, sei curvar.
Prometo ser cuidadosa e no volante me concentrar
e também evitar, a parte do caminho mais chuvosa.

Sr Panda, por favor, quer apanhar a minha boleia?
Prometo ser breve nesta epopeia.
Pego em si e no seu tom monocrómico
e levo-o ali em movimento ultra-sónico!



domingo, 8 de março de 2009

Brandão, o Comandante!


Da pinta de bigodinho,
brota a ideia de outros tempos.
Embarca em navios nunca perdidos, sequestrados por muitos dias e noites de céus estrelados
Largando a certeza de um dia voltar a terra, pega no saco e parte em direcção ao incerto
Assobia cantigas de outros mundos
Passeia por doses de caril, cominhos e outras especiarias que tais
Tempera a sua vida em tom de carinhos e aventuras
Regressa ao porto, cansado e esgotado
Mas sempre ostentando ao peito, o sorriso do bem retornado.


Para o meu Avô Adolfo, que um dia usou bigode e eu não sabia!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Franjinhas medrosa



eis que surge no horizonte, uma nau de proa proeminente
nela vem a tripulação a monte
assim como a sua capitã-presidente
de nome Franjinhas Medrosa,
dá ordem subitamente:
"- içar velas, dar ao pedal, largar as unhas e aproveitar o vendaval!"
não esquecer contudo, o factor fundamental, colocar as braçadeiras,
que nunca nos deixam mal!

tripulação a postos e inimigos ponham-se a pau
nunca nunca desistiremos, da tanguinha vistosa que caracteriza a nossa nau!
a caminho do por do sol, segue a turma da tanguinha
sem medos dos perigos e sem um único despiste,
seguem decididos e de confiança em riste.

Querido Anjinho Mijão

De mangueira de água na mão
segue contente, o Anjinho Mijão
Gira a torneira e logo encharca flores, delas, um montão
Atreva-se enganado, alguém a dizer
'-molhar isso não pode ser!'
Logo vem o pequeno anjinho mijão, mostrar-nos o seu senão
'- com o meu beicinho pimpão, a mim não te atrevas a dizer que não!'
continua, '- eis que o meu dom de encantador gaiato traquinas sobressai perante a tua missão!'
'-não me vais dizer que não, senão levarás um belo birrão!'

e assim conta a história do Querido Anjinho Mijão!
:)